domingo, 29 de março de 2009

Guarda Municipal de Toledo: mudanças na estrutura em breve


Policiamento preventivo, qualificação e aproximação com a população são os focos da Secretaria de Segurança e Trânsito de Toledo

Michele Matsuo
DA REDAÇÃO – TOLEDO

A presença, comum, em diversos pontos da cidade, dos Guardas Municipais é uma constante. Seja nas orientações aos pedestres e freqüentadores de locais públicos quanto no trânsito, os responsáveis devidamente uniformizados têm desafios que podem ir além das fronteiras do limite profissional: fazerem com que a população saiba a fundo qual é o seu verdadeiro papel.
Atualmente dirigidos pelo secretário de Segurança e Trânsito de Toledo, coronel Honório Simião Carneiro, a estrutura deverá - em breve - segundo o coordenador, passar por mudanças. Além da solicitação de mais 22 profissionais, a proposta de armamento também começa a ser trabalhada. Apesar disso, o tempo, ao que tudo indica, não parece ser um grande aliado do departamento.
Em entrevista ao JORNAL DO OESTE, o atual secretário - o qual acumula 34 anos de serviços prestados à carreira militar - define as atuais condições do serviço e faz um aviso: “Para chegar ao ponto ideal é muito difícil, vai demorar muito. Eu não vim aqui para impor nada. Vim aqui conversar e mostrar para os integrantes da Secretaria de Segurança qual é o caminho a ser seguido, outro caminho não existe”, afirma. Confira:

J.O..: Como definir os limites de atuação da Secretaria de Segurança e Trânsito?
CARNEIRO: O órgão público é o seguinte: segurança e trânsito. A parte que cabe à segurança é a missão de cuidar dos próprios do município, ou seja, cuidar das edificações, auxiliar algum órgão público municipal. Já quando se fala em trânsito, se fala em trânsito propriamente dito, onde temos agentes que trabalham no trânsito do município de Toledo. Existe um convênio firmado junto à Polícia Militar e o Detran - que vai até março de 2011 - então, com isso, a missão do agente de trânsito do município é cuidar de circulação, estacionamento e parada de veículos. Isso também não elide o agente de trânsito em também solicitar o documento que, seria, em um primeiro momento da competência do Estado, no caso da Polícia Militar, e, quando houver irregularidades, que seja do setor Estadual, o agente tem competência para fazer a autuação do infrator e esse veículo é encaminhado ao 19º Batalhão de Polícia Militar e são feitos todos os procedimentos legais.

J.O.: No trânsito existe uma parceria documentada com a Polícia Militar e o Detran. E na segurança, há uma parceria com a Polícia Civil?
CARNEIRO: Não. Na verdade existe uma parceria com todos os órgãos. Quando precisamos de algo, recorremos, conversamos. Assim também como auxiliamos quando eles precisam. É desta maneira, de um contribuindo com o outro, é que nós poderemos dar uma resposta melhor para a sociedade em termos de segurança pública. Tem muita gente que fala que a guarda municipal não tem autoridade, tem autoridade sim, dentro do seu limite territorial.

J.O.: Na visão de sua experiência em outros locais, como o senhor analisa a situação - em termos de segurança - na Região?
CARNEIRO: Já passei por muitas cidades, cidades de porte como Foz do Iguaçu e vejo a situação de Toledo, de certa forma, tranqüila. Entre aspas tranqüila, mas temos que nos preocupar em cada vez diminuir mais o índice de criminalidade em Toledo. Como fazer isso? Colocando um policiamento preventivo. Pode ver que em Toledo, tem vários guardas, fazendo esse serviço, preventivo.

J.O.: Dentro desta questão preventiva e atuante, existe a possibilidade da implantação de um departamento Antidrogas em estudo de implantação, assim como acontece em Cascavel e Curitiba?
CARNEIRO: Não, ainda não existe um projeto, mas sim uma primeira conversa. A Secretaria Antidrogas, já seria uma Secretaria mais voltada para o serviço repressivo, que não seria o serviço da Guarda Municipal. A Polícia Civil e a Militar, se precisarem, estaremos com eles, mas colocando as duas entidades como o ápice da pirâmide, nesse caso. Não descartamos essa possibilidade, mas, como é que a Secretaria iria atuar nisso se nós não temos o poder de Polícia?

J.O.: Nessa primeira conversa com a Secretaria Antidrogas, o que foi discutido lá?
CARNEIRO: Eu soube que houve uma conversa, mas não é do meu tempo. Não me repassaram isso. Curitiba tem a Guarda Municipal que já possui o poder de polícia, eles andam armados e, quanto à isso, estamos providenciando.

J.O.: O que é preciso para que a Guarda Municipal ande armada em Toledo?
CARNEIRO: Para que isso aconteça aqui, tem que ser criado uma ouvidoria da Secretaria de Segurança, uma corregedoria, vamos explicar: ouvidoria é um órgão que recebe reclamações e sugestões e repassa para os secretários, a corregedoria é um órgão que apura as irregularidades praticadas pelos integrantes da Secretaria de Segurança. Já temos o projeto em mãos é só mandar para o executivo que eles nos autorizam a dar seqüência nesses trabalhos. Então, criando a ouvidoria, criando a corregedoria, vamos para o lado técnico para armar a Guarda.

J.O.: Esta ouvidoria dentro da Secretaria nada tem a ver com a Ouvidoria já disponibilizada na Prefeitura?
CARNEIRO: Não. São assuntos paralelos, mas esta ouvidoria criada aqui seria própria para o serviço da Guarda Municipal e também aos agentes de trânsito.

J.O.: Com a proposta de armamento à Guarda Municipal a formação também mudaria?
CARNEIRO: Vai ter que mudar. É necessário todo um lado técnico e psicológico diferenciado. Na verdade precisaria, antes, fazer um concurso interno para ver quem gostaria de usar arma dentro da Guarda Municipal. A partir disso, seria realizado um concurso interno para ver quem teria condições de fazer isto. A seguir, teria o exame psicológico feito pela Polícia Federal. Depois de pronto esse exame teria que fazer o curso de proficiência de arma.

J.O.: Como é feita essa formação hoje?
CARNEIRO: Não posso te afirmar ao certo, porque quando cheguei aqui não formamos ninguém, já estavam formados. Mas é um processo diferenciado. Armando a Guarda Municipal o processo será diferente porque estaremos lidando com a vida das pessoas.

J.O.: Como o senhor analisa a estrutura da Guarda Municipal atualmente? É possível atender a demanda?
CARNEIRO: Estamos para chamar mais 22 candidatos que passaram no concurso passado da Guarda. Faremos um curso preparatório, já está autorizado e aí sim eles estarão em condições. Vão ser chamados logo a seguir, mas não posso te garantir o dia. No entanto, adianto que estamos providenciando para que sejam chamados.

J.O: Recentemente, houveram denúncias de que alguns integrantes da Guarda Municipal, no momento do plantão, teriam participado de “festinhas”, conforme o próprio relato. Como lidar com críticas e denúncias realizadas pela população aos meios de comunicação?
CARNEIRO: Lido da seguinte maneira: toda reclamação que chega até aqui é apurado a fundo. Tenho procurado passar para os guardas e para os agentes de trânsito que a sociedade é a razão da nossa existência, da existência desses dois órgãos. Por isso que nós temos que trabalhar a favor deles. Como eu já tenho uma formação militar de 34 anos, isso se torna até certo ponto favorável para que apure. Uma de minhas características sempre foi ser uma pessoa disciplinada e disciplinadora ao mesmo tempo. Então, a gente procura estar com eles, mostrar o caminho certo. Hoje a Guarda Municipal está caminhando a passos largos, a passos diferentes, hoje já temos um objetivo a alcançar, um alvo lá na frente.

J.O.: E qual seria esse alvo?
CARNEIRO: O alvo lá na frente é qualificação. Quanto mais, melhor. Para dar a sociedade o respaldo que ela precisa. Vamos chegar a esse objetivo através de cursos, de palestras até com a população.

J.O.: Existe uma vontade da Guarda em se aproximar mais da população?
CARNEIRO: Com certeza. A Guarda Municipal tem que estar inserida no contexto da população. Porque o Guarda Municipal faz parte da população. A única coisa que diferencia o guarda da população é o uniforme e em ser funcionário público. De maneira alguma ele pode ser excluído desse aspecto. Ele tem que estar no meio. E a população também tem que passar a ver o Guarda Municipal como um amigo, essa é a nossa missão: fazer com que através dos nossos atos, eles venham a ter o respeito e a confiança da população.

5 comentários:

  1. porque não é usado os caes para rastrear drogas
    no terminal rodoviário já que com a linha too/casc, da princesa dos compas aumentou muito o trafico de drogas,porque o coronel quer doar os cães para a policia militar?

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  2. Bom dia amigos de toledo, sou gcm em santa barbara d' oeste sp, intagrante de uma equipe tática denominada equipe de apoio, que desenvolemos aqui alguns cursos exclusivos a guardas civis municipais, se for de interesse dos senhores adiquirirem maiores conhecimentos sobre táticas e tecnicas policiais, estamos a disposição acessem o blog / gcmpigatto.blogspot.com, obs: se necessário vamos até a cidade de vocês para ministrarmos os cursos, desde já agradeço

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  3. queria saber quando vao ser chamado o resto dos guardas q pasarao no concurso e estao esperando ja fas tempo si e q vao ser chamados por q ate agora so ouso promesa

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  4. Boa noite amigos de Toledo, sou guarda municipal em Santa Barbara d'Oeste SP a dez anos e faço parte de uma equipe tática a sete, desenvolvi um curso especifico para formação de equipes táticas e gostaria expor o coteudo deste curso a vossa corporação. Para maiores imformções me enviem um e-mail ( ricardo.pigatto@hotmail.com) desde já agradeço

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  5. OLA,MEU NOME E GILBERTO ,GOSTARIA DE SABER A FREQUENCIA DE CONCURSO E QUANDO IRA OCORRER O PROXIMO ,TENHO MUITO INTERESSE EM PARTICIPAR E SER MEMBRO DA GUARDA ,ADMIRO O TRABALHO DO ORGAO ,PARABENS.........

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